Este chamado "Big Brother", manifestação televisiva e parcial do Grande Outro ao qual nos alienamos, é curioso em diversos aspectos. Seu poder é inegável: misto de panóptico e panacéia, nos afeta como os espetáculos teatrais catárticos na Grécia Antiga. Mas sem o lirismo dos poetas. Absortos em frente à televisão, nos purificamos do extenuante dia de trabalho vivendo o horror e a piedade para com os trágicos participantes, num movimento nunca acabado, nunca total, de identificação.
(Como analisar gestalticamente, nos termos da teoria do self, esta experiência?)
O BBB cumpre, tal qual a tragédia grega, uma função importantíssima: ensinar a viver na Pólis.
Mas como a Pólis mudou...
Eu poderia explicar a tese, mas a Elaine Tavares faz melhor que eu. Leia o post no seu preciso blog, Palavras InSurGentes:
Grande abraço aos pequenos irmãos de caminhada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário