"O teatro é isso: a arte de nos vermos a nós mesmos, a arte de nos vermos vendo!"
(Augusto Boal)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Adolescência e Juventude - Eliane Brum

Caríssimos,
Segue um trechinho de um artigo da jornalista Eliane Brum, referência quando o assunto é a vida das pessoas.
Ela tem uma forma muito especial de escrever, de perguntar, de criticar...
Posso dizer que o texto me incomodou muito! E por isso li várias vezes!!


"Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.


Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.


Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer."

Leia o texto completo aqui.

Foi





Veja a nota de falecimento, emitida pela ABRASME-SP.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Curso de Teatro e Desenvolvimento Pessoal

Caríssimos,
Neste segundo semestre, abriremos uma nova turma do curso de Teatro do Instituto Müller-Granzotto. São poucas vagas, então fiquem atentos!


Já estou ansioso por conhecer a nova turma!


O curso tem 4 encontros, de seis horas cada, aos sábados.


Aguardem a divulgação!!


Grande abraço,
Diogo





quarta-feira, 27 de julho de 2011

Traço - 10 anos!

Caríssimos,
Venho divulgar e comemorar os dez anos de existência da Traço Cia. de Teatro, aqui de Florianópolis!
E as meninas vão celebrar essa realização com aquilo que as move: arte!!

Segue o cartaz de divulgação das atividades. Aproveitem!


Parabéns meninas, e muito mais sucesso!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Loucura Cidadã

Caríssimos,


Segue o link para o Guia de Direitos Humanos Loucura Cidadã, produzido pela Associação Metamorfose Ambulante de Usuários e Familiares do Sistema de Saúde Mental do Estado da Bahia (AMEA).
É um material muito interessante, na ótica da Reforma Psiquiátrica, e que pode apoiar diversas ações inclusivas de serviços públicos e privados de saúde mental.


Boa leitura e boa luta!




Link.



Augusto Boal

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Arte, vida e morte

Moralismos a parte, a morte sempre esteve relacionada à arte.
E produz tanta vida!

Compartilho este curta de animação que, casualmente, se me deu a conhecer...

Grande abraço!



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Documentos

Caríssimos,
Nessas épocas em que tudo se encontra supostamente "disponível" na internet, tenho até dificuldade de articular o se apresenta... Mas é tanto conteúdo, e tão pouco afeto!
Por isso fiquei tão feliz ao encontrar o blog DocVerdade
Lá estão disponíveis diversos documentários interessantíssimos, cujo conteúdo anuncia, para além das informações, formas criadoras em diversas situaçãoes de contato.

Destaco, especialmente, os documentários "Impasse", sobre a crise no transporte público de Florianópolis, e "Psiquiatria: uma indústria da morte", além do lindíssimo "Lixo extraordinário".

Acesse:

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Como assim?!

Caríssimos,
O mundo tem me assoberbado. Ou, numa linguagem mais gestáltica: a forma como participo do mundo pode ser chamada "assoberbamento"...
Especialmente a morte - falta de sentido por excelência.


Por isso,me sinto à vontade (e com vontade) de compartilhar os dois artigos abaixo, do portal Carta Maior:


Limpeza de Fukushima nas costas dos trabalhadores

Os altos índices de radiação dentro do recinto dificultam seriamente os esforços de recuperação, só permitindo o ingresso dos trabalhadores por períodos de 15 minutos. Funcionários começam a ser considerados símbolos da resistência nacional. Também é crescente popularidade dos chamados “grupos suicidas”, encabeçados pelo engenheiro aposentado Yasuteru Yamada e integrado por homens com mais de 60 anos dispostos a trabalhar na usina de Fukushina. Mais de 300 pessoas já se inscreveram nesses grupos.


Para ler o texto na íntegra, clique aqui.


"Israel se converteu numa sociedade de força e violência"

Um grupo de ativistas internacionais está disposto a navegar numa flotilha rumo às praias da Faixa de Gaza. Muitos deles são ativistas sociais e lutadores pela paz e pela justiça, veteranos da luta contra o apartheid, contra o colonialismo, contra o imperialismo, contra inúmeras guerras sem sentido e injustiças. Há intelectuais, sobreviventes do Holocausto e gente de consciência entre eles. Essa flotilha também não passará. O primeiro ministro e o ministro da Defesa já nos prometeram isso. Nos tornamos uma sociedade cuja linguagem é a violência, um país que trata de resolver quase tudo através da força. O artigo é de Gideon Levy.


Para ler o texto na íntegra clique aqui.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ideias de cuja existência não desconfiamos

"Só pode guiar-nos a convicção de que hoje, mais do que nunca, o teatro, na medida em que pensa, não é um dado da cultura, mas da arte. O público não vai ao teatro para se deixar cultivar. Não é uma florzinha, nem um chuchu. (...) O público vem ao teatro para se comover, para comover-se com as idéias teatro. Não sai culto, mas aturdido, cansado (pensar cansa), devaneando. Não encontrou, nem mesmo na maior gargalhada, com o que se satisfazer. Encontrou idéias de cuja existência não desconfiava." 
(Badiou, A. Pequeno Manual de Inestética. São Paulo: Estação Liberdade, 2002, p. 102).

Grupo Moitará - "Acorda Zé! A comadre tá de pé!"