Durante a madrugada do dia 03/05, tinha em minhas mãos um livro muito simples, de capa azul bebê, e preparava a oficina que divulguei no post anterior. O livro chama-se "200 exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através do teatro", do teatrólogo Augusto Boal.
Isso não teria nenhuma relevância especial, não fosse o fato de que no mesmo momento navegava pela internet, e acabei me deparando com a inesperada notícia: Boal faleceu.
Augusto Boal é referência mundial no Teatro que sai dos teatros para ganhar a vida, para correr o mundo, para socorrer a arte, tão degradada pela alienação que divide a existência entre os que têm voz nos palcos e os silenciados na escuridão das platéias.
Boal desenvolveu o Teatro do Oprimido, como estética e ética para uma outra arte.
Apesar de tê-lo visto somente uma vez (no Fórum Social Mundial, em 2003 - PoA), e da impressão ter sido um tanto controversa, fica a sensação de que mais um companheiro se foi... deixando o trabalho para nós!
Para re(vi)ver Boal, segue um pequeno video-resumo...
