"O teatro é isso: a arte de nos vermos a nós mesmos, a arte de nos vermos vendo!"
(Augusto Boal)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Palavras minhas para o que se poderia chamar de "grupo"(?)

Como faz um tempo que não posto nada de minha autoria...

Não se trata, assim, de perceber nos grupos com que trabalhamos a ocorrência de processos já descritos na literatura grupal, nem de analisar os graus em que esses processos ocorrem, mas, isto sim, de desviar, junto com os membros do grupo, do conhecido e esperado, em direção ao que acontece à revelia da compreensão, apesar do controle; ao que não tem governo nem nunca terá, o que não tem receita nem nunca terá, o que não tem juízo. A análise gestáltica dos grupos consiste no direito de cidadania do estranho, do que é outro, do que nunca coincide com a pessoa. Neste sentido, a análise gestáltica é mais uma ética, uma possibilidade de acolhida, do que um saber-fazer, que exigiria “atributos desejáveis” do coordenador. E o que se acolhe é o excitamento, o afeto, este sim um todo espontâneo, que se atualiza, isto é, se torna ato, e produz efeitos no laço social, na relação interpessoal.

Preparando um artigo sobre a compreensão de grupos à luz da Gestalt-Terapia...

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